sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Posicionamentos ...

E me vêm na mente os textos de amor, de coisas ilusórias, de desejos e sentimentos. Narrativas que contam como se é sentido, como se é esperado que os sentimentos aflorem.

Tudo o que penso são nas palavras de desejo, de sonho,de imaginação e isso me cansa às vezes. Sim, eu sei que isso tudo é preciso, que sem isso é tudo mais difícil, mas todo mundo tem essas crises de querer saber só de coisas concretas, só do real, do que existe agora e pronto! É, pelo menos acho que é assim, com todo mundo, ou isso pode ser mais uma ilusão também, sabe-se lá! Não quero saber delas por hoje mesmo, que se dane!

Mas então, vamos falar de coisas normais, reais e rotineiras ... Ah não, rotineira não! Mas e agora? Lá vem ela de novo, contradição que não nos deixa em paz. Amém!

Eu quero mais contradições, sim eu as quero. Mas, eu disse que eu queria coisas mais reais, e se eu continuar nas contradições da vida todo resultado que eu terei serão mais ilusões contraditórias. Será mesmo tão difícil pensar no prático, no de verdade? Porque tudo tem que ser cercado de significados, de dúvidas, questionamentos? Fazer um exercício de viver, sem tirar proveito sentimental das coisas seria talvez mais fácil!

Mas eu penso bem depois que falo isso, penso que se não houvesse toda essa abstração, toda essa “viagem” as coisas seriam tão normaizinhas, rotineiras e entediantes! Fantasiar é a saída pra que as coisas não se tornem normais demais, e as diferentes mentes, com suas diferentes fantasias fazem com que isso seja ainda mais prazeroso de se ver, pensar, sentir.

Ainda mesmo que ás vezes eu pense que tudo não passa de muito drama, que o exagero tá pesando demais pra algumas pessoas, ainda assim eu acho que é preciso ver com esse olhar romântico/dramático todas as coisas. Mas continuo a afirmar que o equilíbrio é que faz as coisas serem como devem ser, esses exageros estragam tudo e tudo sempre tende mais para um lado que para o outro. Mas tudo bem, o que nos resta senão tentar equilibrar? Vamos lá então, eu quero sim dramacidade, sentimento, alucinações; mas faça-me um favor: não me venha com todos esse clichês exagerados!





- Letícia Borém -