terça-feira, 25 de agosto de 2009

Cubo.

Nunca soube como expressar sentimento que fosse, nunca soube mostrar, se abrir.
Nunca soube como dizer, e tinha a impressão de que era isso que arruinava seus planos, tinha a impressão de que seu esconderijo a atrapalhava.
Era um esconderijo fundo, escuro e intenso... Nesse esconderijo guardava todos as ânsias, todas as vontades, todos os impulsos não respeitados, as angústias. E agora vinha percebendo que esse esconderijo a incomodava mais que nunca, em um momento em que o que mais queria era saber se abrir, saber resolver, saber expor. Nesse momento, as palavras eram necessárias, a aparição. Tinha tanta convicção de que seu esconderijo a atrapalhava e impedia de algum jeito que as situações fossem resolvidas, e sofria, e pensava e guardava mais sentimento no escoderijo.
Sentimento preso, escondido que atormentava. E não diria que não resolveu tentar, pois tentava a cada minuto transparecer, abrir as portas daquele esconderijo, mas algo parecia a esconder mais, algo parecia cobrir mais ainda os espaços de coragem que achava. E queria algo menos pessoal e íntimo, queria realmente se soltar, queria saber como mostrar, queria tanto...
E queria mais ainda que um dia essa angústia passasse, pois não aguentava mais, ela queria uma decisão e mais do que nunca a situação a obrigava a revelar, a despejar tudo. Mas além de todos os sentimentos, ainda guarda no esconderijo o receio de ser tarde demais.

sábado, 15 de agosto de 2009

Arremate.

Porque eu estou com sono e nada do que eu pensar agora vai fazer muito sentido, dá vontade de fazer tudo assim, sem medidas, sem pensar, no piloto automático. Eu, no meu "sleeping mode" vou resolver escrever um texto e penso: Ah, isso vai dar merda. Mas nada melhor do que uma merdinha de vez em quando pra livrar a mente das merdas cheirosas da vida (até porque elas são as mais difíceis de expelir).
Vou bagunçar mais as idéias, mesmo sabendo que não vai levar a lugar algum... ou talvez ao mesmo lugar de sempre. Eu quero começar a entender o porquê da rebeldia. Pois se tá com sono, as pálpebras insistem em pesar, os pensamentos nem estão sendo mais coordenados... por que não domir? Nãããão, vai escrever!
Mas eu gosto é assim, até porque eu já tentei tantas vezes escrever aqui enquanto eu estava sóbria (na conotação mais sonolenta da palavra) e não consegui, o branco vem, a mente tá certinha demais, tá toda branquinha, sem sujeirinha nenhuma, sem merdinha nenhuma.
Então eu vim, vim mesmo e estou aqui, aqui estou sem ânimo, sem mente, sem nada... mas com sono e desorganização mental!


Quer melhor?