quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Sobre o Silenciar




Silêncio meu, silêncio dos outros, silêncio das coisas concretas, abstratas... Cada um deles pode ser necessário ou relevante, interessante ou repugnante ...
Às vezes quero o silêncio, necessito, clamo por um momento na presença somente dele! Em outras o desprezo, procuro barulho, procuro confusão, cansaço!
Preciso de palavras das pessoas, mas preciso do silêncio delas, silêncio que se difere de indiferença ...
Indiferença não é querida por mim, não é clamada, não é necessitada ...
O silêncio que preciso é o silêncio esclarecedor, que tira as dúvidas da minha cabeça, que dissolve minha complexidade.
Mas se o silêncio for prolongado e eterno, não é bem-vindo, pois só faz aumentar a confusão, as dúvidas e os receios!
Todo silêncio tem seu limite, assim como tudo tem seu limite, seu ápice, seu momento de acabar, sua morte.
No momento, silêncio já não mais me abastece; prefiro mesmo atos, palavras, atitudes, resoluções... Mas que um dia tudo vai me cansar, me exaurir tanto que a única coisa que eu vou procurar freneticamente será: Silêncio, neutro e puro silêncio!

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