domingo, 10 de janeiro de 2010

Porta.

E sopra um vento de estrela sem notar o que vem atrás. Se joga na onda mais alta pra colher os frutos do mar escondidos no topo da árvore da vida, sem notar o que vem pela frente. Sai do fundo pra mostrar que nada que passou continua tão vivo mais, que as coisas passam sim, de uma forma ou de outra. Diz que não vai mais deixar os galhos murcharem tanto, espera. Não quer mais viver de espera, mas espera, espera porque não há outra maneira de seguir até cansar. E se cansar, vai dizer vai tentar dizer pelo menos que aquele sopro já não é mais tão intenso, mas espera, espera sem cansar, porque nesse caso a espera é estimulante, espera é ápice de viver. Sabe que na nuvem da sua mente a chuva agora só faz molhar de bem, só faz crescer pra alegria. E quando a chuva parar, a do coração não seca, porque nada que tem um sopro tão forte de estrela seca fácil ou rápido demais, é um processo lento e indolor, sem mais pontos finais, mas com muitas reticências adoráveis, adoráveis. Sopros de estrela adoráveis, nuvens sempre molhadas, e raio de dia que consome.

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