sexta-feira, 7 de março de 2008

Transfiguração

Ela já acordou diferente: sorria!
Desligou o despertador com calma, sem o stress diário de achar que dormiu menos que o necessário ... Levantou (no horário certo), pisou no chão e o sentiu gelado, mas nada que o chinelo que tava a apenas dois passos não pudesse resolver.
Foi ao banheiro, e agiu como sempre, como no cotidiano sempre faz, mas tinha algo diferente, ela se sentia melhor, melhor do que se esperava numa quarta-feira às seis horas da manhã.
Tomou o café e saboreou tudo tão bem que se assustou: nunca tinha percebido o quanto era saborosa aquela geléia de amora que sempre comia às pressas ...
Foi ao trabalho, lá todos pareciam tão felizes (inclusive ela), fez seu trabalho com um prazer que nunca poderia imaginar que sentiria num dia comum naquele escritório que sempre considerou tão gélido e sem graça!
Foi embora tranqüila, com sentimento de dever cumprido, sem falhas, sem pensar o que faria pra solucionar algum problema ...
E seguiu o dia, tava tudo tão calmo, tão harmonioso, ela conseguia se sentir sem toda aquela superficialidade. E tudo aquilo era tão bom, tão gratificante e fazia tão bem para ela .
Em um momento ela sentiu que era o começo, o começo de um novo tempo . Uma revolução havia acontecido . E ela não esperava mais a hora, já acontecia, naquele momento .
O que viria amanhã não sabia, mas sabia que nada era igual, que tudo havia se transformado e que a paz estava a seguindo . Ela não mais a procurava . A paz estava ali como nunca esteve!
Enfim, era o começo de uma nova era . A era que ela tanto esperou e que veio em um dia
qualquer com o som do despertador ...
Transfigurando tudo ...

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